Receita de médicos cai 44% em ocasião da pandemia, aponta levantamento, já que se estima que 89% dos médicos possuam ralos financeiros ocasionados pelo pagamento indevido de impostos.
Um levantamento da organização “Médicos sem Jaleco” constatou que 82% dos médicos pesquisados tiveram queda na renda em função da crise decorrente da pandemia do novo coronavírus. Em média, essa baixa na receita dos profissionais ficou em 44%, mas quase metade deles (47%) viu seu faturamento cair pela metade.
O estudo compreende o mês de junho de 2020 e envolveu 683 profissionais de medicina de todas as especialidades de São Paulo e Rio de Janeiro e teve como título: “Impacto da Pandemia na Vida do Médico”.
Foi o que aconteceu com o oftalmologista Aron Guimarães, de Campinas (SP): “A oftalmologia é uma das especialidades mais impactadas pela queda no número de consultas e cirurgias durante o período de pandemia. O faturamento então caiu; o impacto foi grande no fluxo de caixa”.
Segundo a administradora Júlia Castilho, sócia da Mitfokus – especialista em soluções tecnológicas financeiras para a área da saúde, para minimizar essas perdas, uma boa saída para os profissionais de medicina é recorrer a gestão fiscal e tributária, reavendo impostos pagos indevidamente e revendo os possíveis ralos financeiros, já que se estima que 89% destes paguem mais impostos do que deveriam.
“Além disso, é preciso investir em gestão financeira dos consultórios, de modo que as despesas com tributos estejam adaptadas a essa nova realidade”, orienta a administradora Júlia Castilho, sócia da Mitfokus.
Foi o que fez Aron, que apostou em uma contabilidade mais minuciosa, que dedicasse atenção especial às particularidades dos empreendimentos em saúde. “Tive esta visão há três anos, o que me permitiu enfrentar este período de baixa com mais tranquilidade. Uma gestão financeira e fiscal mais eficiente proporcionou o pagamento apenas dos tributos realmente necessários e o controle necessário para este momento, em que há perdas de receitas, na crise da pandemia”, acrescenta o médico.
Júlia explica que um contador generalista não se aprofunda em questões legais e tributárias específicas da área da saúde. Se houver esse aprofundamento, isso pode gerar ganho de dinheiro e de tempo para o profissional médico, evitando os famosos “ralos” financeiros.
Júlia Castilho, sócia da Mitfokus
Um “ralo financeiro” pode levar a um prejuízo milionário no períodos de cinco a dez anos e fazer uma diferença significativa na vida útil do consultório, no seu crescimento, contratações e até mesmo do profissional que está a frente dele.
Outra maneira de tornar mais eficaz a gestão dos consultórios é baseada em tecnologia, que atualmente está bastante avançada e já proporciona tranquilidade e praticidade em todos os processos financeiros.
“Da mesma forma que o médico se dedica a aprofundar-se em conhecimentos técnicos, é importante dar atenção às finanças para evitar ralos financeiros ao longo de uma vida. Atualmente, existem soluções tecnológicas que auxiliam estes profissionais nestes processos do negócio, garantindo segurança financeira e a liberdade necessária para eles voltarem sua atenção à profissão”, conclui a executiva da Mitfokus.